Em meio a uma disputa acirrada para ser utilizado pelo Grupo
Latam (formado pela brasileira Tam e a chilena Lan) como ponto de conexão para
transferir passageiros para o destino pretendido, o tão falado nos últimos
meses “Hub da Tam”, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto
Freyre vem exibindo potencialidades muito além dos concorrentes: Fortaleza, no
Ceará, e São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Da infraestrutura
aeroportuária até a satisfação dos passageiros e usuários, o terminal
pernambucano segue na frente dos vizinhos do Nordeste.
Eleito por 64,5 mil passageiros como o melhor do Brasil numa
pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da
República, o terminal administrado pela Infraero carrega o título anual de
Aeroporto + Brasil. Neste mês, o resultado da última pesquisa trimestral
(abril-junho) da secretaria apontou o Aeroporto do Recife como segundo colocado
com nota 4,33 (numa escala de 1 a 5), atrás apenas de Curitiba que atingiu
4,43. A comparação com os concorrentes chega a ser até desleal. Ceará alcançou o
sexto lugar com pontuação de 4,20 e Rio Grande do Norte foi décimo, com 4,09.
esde
a primeira pesquisa realizada pela secretaria, em 2013, Recife aparece entre os
primeiros colocados, com excelente aprovação no item de satisfação geral dos
passageiros e usuários. Já que no primeiro momento o moderno projeto
arquitetônico do edifício é de impressionar quem desembarca e embarca pelo
terminal de passageiros pernambucano. A instalação de mais de 23 mil metros
quadrados – o equivalente à cobertura de quatro estádios de futebol – de vidros
especiais que, ao mesmo tempo em que permitem o conforto ao ambiente e chama
atenção por sua beleza estonteante, proporcionam iluminação por período
prolongado.
Na
espera para o embarque, o passageiro ainda conta com um extenso “cardápio” de
produtos. São 134 lojas e quiosques. Destes, 45 estão no ramo da alimentação,
49 distribuídos em serviços e 40 do varejo. É possível descobrir a vocação do
aeroporto para divulgar a arte. O artista Francisco Brennand compõe o acervo
com um mural na entrada das salas de embarque, além de três estátuas na praça
de alimentação. Ainda temos obras de José Cláudio, Gil Vicente, Ana Guerra,
Pedro Frederico e Montez Magno. O artista Abelardo da Hora exibe uma estátua de
sociólogo Gilberto Freyre, que dá nome ao aeroporto. Também embelezam o
terminal, um painel de João Câmara instalado no check-in e uma escultura de
Romero Britto.
O
ano de 2004, uma reforma ampliou a capacidade do terminal para 16,5 milhões de
passageiros anuais. Atualmente, o aeroporto recebe em torno de 7,1 milhões de
passageiros por ano. Dez anos depois, em 2014, foi a vez da ampliação da pista
que agora possui 3.007 metros homologados, uma das maiores do Norte e Nordeste
do país. No quesito movimentação operacional, de acordo com dados do ano
passado, foram 72.830 voos domésticos e 2.588 internacionais, envolvendo a
operação de 75.418 aeronaves. Para atender essa demanda, o pátio conta com 21
posições para aeronaves e o embarque com 11 pontes. No saguão recifense, estão
disponíveis 64 balcões de check-in, sendo 32 posicionados na ala sul e outros
32 na ala norte.
Alexandre Oliveira da Silva é superintendente do Aeroporto Internacional dos Guararapes / Gilberto Freyre (Foto: Carlos Pantaleão)
Mais
uma vantagem é a proximidade do Aeroporto do Recife com o centro da cidade. A
distância é de apenas 11 quilômetros, estando próximo da rede hoteleira e das
principais atrações turísticas que a capital oferece. Além da localização geográfica
privilegiada, a qualidade dos serviços aliada à infraestrutura, são alguns dos
pontos fortes de Pernambuco na disputa pelo novo centro de distribuição de voos
que a Latam deve instalar no Nordeste. Uma excelente oportunidade para os
cidadãos, já que a plataforma giratória de voos pode gerar até 12 mil empregos.
Atualmente, o terminal recifense conta com 5 mil funcionários diretos. A
“população flutuante” é de 58,5 mil passantes diários. Com os estimados R$ 4
bilhões de investimento, a expectativa é de triplicar esse universo, caso o
Guararapes seja o escolhido para receber o disputado hub da Latam.
Fonte:
Revista Negócios PE
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