Um mercado que está imune ao momento de crise e
que apresenta perspectivas positivas de crescimento
no Brasil. Este é o cenário apresentado pelo
segmento de condomínios logísticos, segundo
afirmam executivos que apostam no setor.
“Há cinco anos começou um movimento entre as
empresas de buscar os condomínios logísticos para
instalar seus centros de distribuição e esse
movimento continua. Acredito que essa é uma
tendência. Nós observamos que empresas que estão
entrando no mercado estão preferindo locar o espaço
em um condomínio do que em um galpão isolado e as
empresas que já estão há mais tempo no mercado
estão migrando de galpões próprios e
empreendimentos mais antigos para locação em
condomínios logísticos modernos”, afirma Rodrigo
Demeterco, presidente da Capital Realty.
Para o executivo, isso acontece devido a uma série
de diferenciais que os condomínios logísticos
apresentam: “Os condomínios da Capital Realty
possuem o conceito de Power Center de Logística,
com restaurante, posto de combustível, borracharia,
área de lazer, vestiários para os motoristas, entre
outros. Provemos uma estrutura completa não
apenas para garantir a excelência na operação
logística, mas também para proporcionar ótimas
condições de trabalho e satisfazer as necessidades
das pessoas que passam pelos condomínios
diariamente.
Tudo isso tem sido muito valorizado
pelas empresas”.
André Cardinali, coordenador de incorporação da GR
Properties, ressalta que a demanda de empresas por
condomínios de galpões classe A deverá permanecer
crescente, principalmente, em virtude da contínua
expansão do comércio eletrônico e pela tentativa de
redução dos custos fixos através de operações mais
estratégicas e enxutas. “Um fator positivo para o
desenvolvimento de novos empreendimentos deve
ser a desaceleração do aumento no custo de
construção, facilitando o planejamento e a obtenção
dos resultados financeiros esperados”, explica.
Cardinali acredita que o aumento na taxa de juros
deve exigir um maior planejamento das empresas,
em muitos casos, através de reformulações
estratégicas. “Estas mudanças podem movimentar o
segmento de condomínios logísticos e gerar novas
demandas para os empreendimentos mais modernos
e bem localizados”, frisa.
Ocupação - Os dois executivos fazem um balanço
positivo do desempenho do setor em 2014. Segundo
Demeterco, as taxas de ocupação se mantiveram
com relação ao ano anterior, o que foi visto pelo
mercado como um resultado positivo devido ao
momento de retração na economia. “O conceito do
condomínio logístico está cada vez mais disseminado
entre as empresas. Hoje elas percebem que as
vantagens oferecidas pelos complexos são maiores
que outros empreendimentos. Os custos de manutenção de áreas comuns são compartilhados, e
a eficiência das operações é superior por causa da
infraestrutura e da localização”, observa o presidente
da Capital Realty.
Cardinali apresenta dados positivos: “Em 2014, foi
constatado aumento na taxa de ocupação dos
condomínios a cada trimestre. Ou seja, mesmo com o
contínuo crescimento do inventário houve uma maior
absorção líquida, reduzindo a vacância em relação ao
ano de 2013”.
Para 2015, a tendência é que o segmento cresça
ainda mais, de acordo com Demeterco: “Em 2014,
mesmo com a economia passando por uma má fase e
a oferta de espaços em condomínios logísticos
crescendo, nós conseguimos manter boas taxas de
ocupação e a empresa como um todo registrou crescimento de 10% na comparação com o ano
anterior. Isso só foi possível devido a esse movimento
que as empresas estão fazendo de migrar para os
condomínios logísticos. Acredito que em 2015 esse
movimento vai continuar”.
Para o coordenador de incorporação da GR
Properties, a perspectiva é de que, em 2015, haja
uma absorção líquida ainda maior, uma vez que o
ritmo de entregas e lançamentos deve ser inferior
comparado ao ano passado. “Estes dois fatores
devem garantir um ótimo desempenho para o
segmento de condomínios logísticos, com uma
redução ainda maior da taxa de vacância em relação
a 2014”, conclui.
Fonte: Revista Painel Logístico.
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